As Crônicas de Nárnia
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As Crônicas de Nárnia | |
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Estátua em memória do autor da série, Clive Staples Lewis, olhando o interior de um guarda-roupa, como no livro "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa". | |
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa Príncipe Caspian A Viagem do Peregrino da Alvorada A Cadeira de Prata O Cavalo e seu Menino O Sobrinho do Mago A Última Batalha | |
Autor | Clive Staples Lewis |
Título original | The Chronicles of Narnia |
Tradutor | Paulo Mendes Campos; Silêda Steuernagel Ana Falcão Bastos |
Ilustrador | Pauline Baynes |
Idioma original | Inglês |
Publicado entre | 1950 - 1956 |
Editora | Martins Fontes Editorial Presença |
País | Reino Unido |
Gênero | Aventura / Fantasia |
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As Crônicas de Nárnia apresentam, geralmente, as aventuras de crianças que desempenham um papel central e descobrem o ficcional Reino de Nárnia, um lugar onde a magia é corriqueira, os animais falam, e ocorrem batalhas entre o bem e o mal. Em todos os livros (com exceção de "O Cavalo e seu Menino") os personagens principais são crianças de nosso mundo, que são magicamente transportadas para Nárnia a fim de serem ajudadas e instruídas pelo Grande Leão conhecido como Aslam (ou Aslan, dependendo da tradução).
Ainda durante sua infância, Lewis criava ilustrações para as histórias que escrevia.[2] Quando o livro O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa estava prestes a ser publicado, ele havia pensado na possibilidade de ilustrá-lo, mas acabou solicitando uma desenhista profissional, Pauline Baynes, que na época tinha um pouco mais de vinte anos de idade, mas que já tinha ilustrado o último livro do autor J. R. R. Tolkien (chamado de Mestre Gil de Ham). Lewis, então, decidiu que ela seria a pessoa ideal para ilustrar as pessoas e os fantásticos seres em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa; porém ela acabou ilustrando os sete livros da série.
No Brasil, a série As Crônicas de Nárnia foi editada inicialmente pela ABU Editora, e era praticamente desconhecida até o lançamento do filme The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, que fez com que os livros fossem os mais vendidos no país.
Índice |
Os Sete livros
As Crônicas de Nárnia foram escritas durante o ano de 1949 até o ano 1954; porém foram publicadas durante 1950 à 1956. Clive Staples Lewis (também conhecido simplesmente como C. S. Lewis ou Lewis) publicou inicialmente O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa em 1950, sem ter a intenção de produzir uma série de livros. Ao prosseguir escrevendo outros livros, Lewis aproveitou para retomar partes anteriores da história para preencher lacunas deixadas no primeiro livro. Por isso a ordem de publicação não coincide com a ordem cronológica dos eventos que ocorrem nas histórias dos livros. A ilustradora original foi Pauline Baynes, que fazia os desenhos à base de caneta de tinta, comuns nos livros publicados até as atualidades. A série conseguiu vender mais de 120 milhões de cópias em 41 idiomas. Abaixo, serão apresentados as sinopses dos livros da série, em ordem de publicação.The Lion, the Witch and the Wardrobe (1950)
Prince Caspian (1951)
The Voyage of the Dawn Treader (1952)
] The Silver Chair (1953)
The Horse and his Boy (1954)
The Magician's Nephew (1955)
The Last Battle (1956)
Ordem de Leitura
Os fãs da série As Crônicas de Nárnia possuem fortes opiniões sobre o correto modo de ler-se os livros da série. No início, os livros não eram numerados; a primeira editora americana que numerou os romances foi a Macmillan, que colocou número nos livros seguindo a ordem em que foram publicados. Quando a editora HarperCollins assumiu a série no ano de 1994, os livros foram renumerados, seguindo a ordem cronológica, tal como foi sugerido pelo enteado de C.S.Lewis, Douglas Gresham.- Na Ordem Cronológica, o livro O Sobrinho do Mago, que narra acontecimentos que antecedem O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, aparece em primeiro lugar, e o livro O Cavalo e seu Menino, que narra acontecimentos que ocorrem no tempo descrito num parágrafo do livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, aparece em seguida deste. Esta ordem foi sugerida por um leitor dos livros da série para o próprio Lewis, que gostou da ideia, mas nunca a tomou como oficial. Várias edições dos livros os colocam nesta ordem.
- Na Ordem de Publicação, os livros seguem a ordem em que foram publicados. Aqueles que defendem esta ordem de leitura, comentam que nessa sequência o leitor explora o universo criado por Lewis na ordem em que ele foi imaginado pelo autor. Isso tornaria a história mais coerente, alegando, por exemplo, que a verdadeira apresentação inicial de Aslam está no livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (o primeiro a ser publicado), e não em O Sobrinho do Mago (o primeiro em ordem cronológica). Muitos leitores, fãs e críticos, acreditam de que este seja o modo correto de se ler a série, pois em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (primeiro livro em ordem de publicação; porém, o segundo em ordem cronológica), Nárnia é explorada, tomando conhecimento ao decorrer do livro. Já no romance O Sobrinho do Mago (sexto livro em ordem de publicação; porém, o primeiro em ordem cronológica), Nárnia foi exibida de um modo "familiarizado" aos leitores.
Paralelos cristãos
Clive Staples Lewis foi uma pessoa convertida ao cristianismo, e que tinha anteriormente obras relacionadas à teologia e apologética cristã. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Lewis não possuía a intenção de empregar conceitos de teologia cristã nas histórias ficcionais da série As Crônicas de Nárnia. Segundo um relato do próprio Lewis, a sua intenção inicial não era usar temas cristãos; estes somente teriam sido naturalmente incorporados durante o processo de criação. O conteúdo cristão da série é o centro de um caloroso debate entre os seus críticos e defensores. Muitos cristãos entendem a série como um grande meio de evangelização, enquanto outros colocam os livros como um meio subliminar de passar valores pagãos. Alguns críticos apontam que a temática cristã em vários dos livros é tão sutil que dificilmente é identificada por leitores que não estejam familiarizados com elas, embora tal sutileza permita a penetração no público não cristão.Em todos os romances da série são encontrados, supostamente, fatos relacionados à acontecimentos bíblicos. Entre eles, o mais famoso seria o fato de que muitos cristãos acreditam que o personagem ficcional Aslam é uma alegoria a Jesus Cristo; isso deve-se ao fato de que o personagem está presente do início ao fim da história, do mesmo modo de Cristo. Lewis alega ser uma grande coincidência o fato de que Jesus seja chamado como O Leão da tribo de Judá, pois o personagem Aslam representa a figura de um leão.
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.—Apocalipse 1:8
Com o lançamento de The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe em 2005, as acusações re-iniciaram.[3] Algumas pessoas que seguem o cristianismo acham desagradáveis estas temáticas, enquanto que as pessoas não familiarizadas com o cristianismo, não chegam a perceber estas supostas "Temáticas Cristãs". Muitos cristãos, por sua vez, acreditam que a série de Lewis seja uma excelente ferramenta para o evangelismo cristão. A questão do cristianismo nos romances se tornou o ponto focal de muitos livros.
E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.—Apocalipse 5:5
J. R. R. Tolkien
J. R. R. Tolkien foi um grande amigo de C.S.Lewis, um autor de inúmeras obras literárias, e também o responsável pela conversão de Lewis ao Cristianismo. Tolkien e Lewis, juntamente de outros escritores, faziam parte do grupo "The Inklings", que consistia na discussão das histórias criadas pelos autores deste mesmo grupo. No entanto, Tolkien não estava entusiasmado com as histórias de Lewis,[4] pois em parte, discordava com o modo de empregar as criaturas mitológicas de uma forma que não poderia agradar ao público, principalmente àquele que fosse cristão ou soubesse que Lewis era convertido ao Cristianismo, já que a mitologia é considerada como paganismo para certas religiões. Tolkien também criticou alguns atos relatados nas histórias, como as viagens entre o nosso mundo e Nárnia. Embora houvesse criticado em diversos pontos as histórias de Lewis, Tolkien alegou que o enredo desta história seria um instrumento para emitir-nos valores cristãos e bíblicos.Influências sobre Nárnia
Vida de Lewis
Lewis agregou, diversas vezes, acontecimentos de sua vida nas histórias da série. Nascido em Belfast, Irlanda do Norte, Lewis mudou-se para um local na orla da cidade, quando ainda possuía sete anos. A nova casa continha longos corredores e muitas salas vazias, onde Lewis e seu irmão imaginavam viajar entre mundos ao mesmo tempo em que exploravam a casa. Do mesmo modo como Caspian X e Rilian, Lewis perdeu precocemente sua mãe. Durante sua juventude na Inglaterra, Lewis tinha que embarcar em trens para chegar à escola, o que possui coerência e coesão com a trajetória dos irmãos Pevensie. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas crianças eram evacuadas de Londres para outros locais por causa dos Ataques Aéreos. Nesse período, algumas crianças ficaram abrigadas na casa de Lewis, inclusive uma garota chamada Lucy (Lúcia em português brasileiro), fazendo-nos lembrar a hospedagem de Lúcia Pevensie e seus irmãos na casa do Professor Kirke.Acontecimentos históricos
Em diversas ocasiões nos romances da série, Lewis transforma alguns fatos e acontecimentos históricos mundiais em ficção; geralmente o autor usa esses exemplos como crítica ao comportamento da humanidade e aos atos praticados pelo homem. No romance O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Jadis, a Feiticeira Branca (representada como uma ímpia, tirana, corrupta e falsa-rainha), alega ser "a governanta serva do Imperador de Além Mar", já que supostamente foi enviada por tal. O Imperador de Além Mar é uma divinidade no mundo de Nárnia; um deus. Muitos fãs, leitores e críticos acreditam que Lewis esteja lembrando sobre fatos ocorridos durante a Idade Média na Europa, onde Reis e Rainhas alegavam ser enviados de Deus para possuírem "poderes" sobre o reino, episódio conhecido como Absolutismo. Na Irlanda Medieval, havia uma tradição na qual os 'Grandes Reis' governavam sobre os reis, rainhas ou príncipes "menores", assim como o Reinado dos Pevensie. Em um certo capítulo no livro O Sobrinho do Mago, novamente a personagem Jadis destrói o seu mundo natural, conhecido como Charn, através de uma magia conhecida como Palavra Execrável. Muitos leitores acreditam que ao escrever isso, Lewis teria criticado a manipulação e o uso de armas nucleares, pois o livro foi concluído durante o período da Guerra Fria. O personagem Aslam alega ao final do livro:“ | Não é impossível que um homem perverso de sua raça descubra um segredo tão pavoroso quanto o da Palavra Execrável; use este segredo para destruir todas as coisas vivas. Breve, muito em breve, antes que envelheçam, grandes nações em seu mundo serão governadas por tiranos parecidos com a imperatriz Jadis: indiferentes à alegria, à justiça e ao perdão. Avisem seu mundo deste grande perigo. | ” |
Influências Mitológicas
C.S.Lewis complementou a fauna de Nárnia usando seres ficcionais da mitologia grega e mitologia nórdica, como por exemplo: centauros (mitologia grega) e anões (mitologia nórdica). Antes de escrever os livros da série, Lewis havia lido amplamente sobre Literatura Medieval Celta, que influiu ao longo de todos os livros, principalmente em A Viagem do Peregrino da Alvorada, no qual o livro sa baseia no conto immrama (pronunciado Mi-rah-vuh), no qual o conto narra a história onde os personagens principais navegam pelos mares enfrentando dificuldades e perigos para chegarem em uma ilha. No romance O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Lewis escreve, em um trecho, que a personagem conhecida como Feiticeira Branca se passa por Filha de Eva, quando na verdade ela é descendente de Lilith. Lilith é uma personagem mitológica, que segundo as lendas sobre ela, teria sido a primeira esposa de Adão e a responsável pela aparição da serpente no Jardim do Éden; enquanto outros acreditam que ela seja a própria serpente. Ao decorrer dos livros da série, são apresentados seres mitológicos e lendários como faunos, centauros, minotauros, dríades, sereias, gigantes, dragões, duendes, pégasos, grifos, sátiros, unicórnios, animais falantes, entre outros, que são popularmente conhecidos pelo público por diversas outras séries que apresentam estes seres fantásticos.Nome
A origem do nome "Nárnia" é incerto. Segundo o "Pul Ford's Companion to Narnia", o nome do país ficcional não é uma alusão à antiga cidade italiana de Narni, que foi conquistada em 299 a.C. e renomeada como 'Narnia'. Contudo, Lewis havia estudado clássicos em Oxford, onde possivelmente encontrou algumas referências sobre Narnia na literatura latina. Existe também a possibilidade de que Lewis estivesse referindo-se ao texto alemão de 1501 Lucy von Narnia (Lúcia de Nárnia), escrito por Ercole d'Este. Lewis havia lido este texto durante seus estudos sobre literatura medieval e renascentista. Outra provável origem, talvez, possa ser uma palavra em sindarin, uma língua desenvolvida por J. R. R. Tolkien, amigo de Lewis, onde "Narn-îa" significa algo semelhante à "profundeza dos contos".Controvérsias
Sexismo
O autor da série, C.S.Lewis, recebeu várias críticas ao longo dos anos; muitas delas por colegas autores. A maior parte delas resume-se na forma de sexismo no qual Lewis tratou a personagem Susana Pevensie no romance A Última Batalha, onde descreve que a personagem havia esquecido-se de Nárnia por causa de 'batons, náilons e convites'. A autora JK Rowling, responsável pela série Harry Potter, disse o seguinte:- Chega um ponto em que Susana, que era a garota mais velha, se afasta de Nárnia porque fica interessada em batom. Ela tornou-se irreligiosa basicamente porque encontrou sua sexualidade. Tenho um grande problema com esta questão de Susana.
- Susana, assim como uma "Cinderela", está prestes a sofrer uma mudança de fase de sua vida para outra. Não aprovo isso de Lewis. Ele não gostava de mulheres ou sexualidade em geral, pelo menos enquanto escrevia os livros. Lewis estava assustado e horrorizado com a ideia do crescimento.
É interessante ressaltar que Lewis apoia em citar o papel positivo das mulheres na série, como Jill Pole em A Cadeira de Prata, Aravis Tarcaína em O Cavalo e seu Menino, Polly Plummer em O Sobrinho do Mago, Lúcia Pevensie e a própria Susana em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.
Racismo
Em um romance da série, especificamente em O Cavalo e seu Menino, há um local chamado Calormânia, no qual já foram planejados diversos ataques à Nárnia. Em outras palavras, é retratada como a cidade "vilã" de algumas histórias desta série. Os calormanos são retratados como pessoas de pele escura, com longas barbas e turbantes, que muitos traçam semelhanças com os árabes, apesar de que os costumes e a religião possuem mais semelhanças com o povo hindu. Muitos críticos consideram racismo na parte de Lewis, que sempre descreve o povo calormano como algo ruim. Sobre o alegado racismo em O Cavalo e seu Menino, a editora jornalística Kyrie O'Connor escreve:- É simplesmente terrível. Embora as histórias do livros contenha suas virtudes, você não precisa ser uma pessoa com conhecimentos vastos para encontrar essas afirmações anti-árabes, Anti-Leste ou Anti-Otomanas.
- A Nárnia como a Europa.
- A Arquelândia como os países do norte africano (Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito).
- O Grande Deserto que separa Arquelândia de Calormânia, como o Deserto do Saara.
- E a população de Calormânia, como os povos da África Subsariana (de pele mais escura).
Paganismo
Ao longo do tempo, Lewis recebeu críticas enviadas por alguns cristãos e organizações cristãs que entendem que As Crônicas de Nárnia possam ser uma "ferramenta ligada ao paganismo e ocultismo", por possuir temas considerados hereges, tais como a representação antropomórfica de Jesus Cristo como um leão, no caso de Aslam. Em cada história, Lewis empregou um significado bíblico, conhecido como "Paralelos Cristãos" ou "Temática Cristã", na qual a história faz referência a acontecimentos bíblicos, o que tem sido considerado paganismo por usar 'passagens bíblicas' em histórias ficcionais. Ao decorrer dos livros, podemos ver que Nárnia sempre esteve repleta de magia.[6] A Bíblia nos diz o seguinte:- Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominável ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus." [Deuteronômio 18:9-13]
Adaptações
Ao longo dos tempos, As Crônicas de Nárnia foram adaptadas diversas vezes para a televisão, rádio, teatros, e até mesmo para o cinema. Estas adaptações possuíram um grande desempenho, o que faz gerar cada vez mais adaptações na mídia. Com exceção das adaptações nas rádios e teatros, a série nunca foi adaptada inteiramente para a televisão ou cinema; ou seja, não são adaptados todos os sete livros da série. Geralmente, os "excluídos" são O Cavalo e seu Menino, O Sobrinho do Mago e A Última Batalha. Embora não sejam todos adaptados, As Crônicas de Nárnia possuem prêmios e diversas indicações.Televisão
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa foi a primeira adaptação dos livros da série para a televisão, o que ocorreu em 1967, formado por dez episódios, contendo trinta minutos cada um. Foi dirigido por Helen Standage, e o roteiro foi escrito por Trevor Preston.Em 1979, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa foi adaptado novamente para a televisão, desta vez como desenho animado, produzido por Bill Meléndez e apresentado no Children's Television Workshop. O responsável pelo roteiro foi David D. Connell. Foi o primeiro filme de longa-metragem animado feito para televisão. Para ser liberado na televisão britânica, muitos personagens tiveram suas vozes re-gravadas por atores e atrizes britânicos, tais como Leo McKern, Arthur Lowe e Sheila Hancock. Mas a voz de Aslam, fornecida pelo norte-americano Stephen Thorne, permaneceu na nova versão.
De 1988 à 1990, quatro romances da série As Crônicas de Nárnia foram adaptados para a televisão e transformaram-se em sucessos da BBC. Apenas O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian, A Viagem do Peregrino da Alvorada e A Cadeira de Prata foram adaptados. Mesmo assim, conseguiram um total de quatorze prêmios, incluindo um Emmy na categoria de Melhor Programa Infantil. Esta série televisiva já foi adaptada para DVD e VHS.
Rádio
A primeira adaptação de As Crônicas de Nárnia para a rádio ocorreram na década de 1980 produzido pela BBC Radio 4, conhecida como "Tales of Narnia" (Contos de Nárnia), onde a série foi apresentada em um período de aproximadamente quinze horas.Em 1991, Sir Michael Hordern produziu versões da série de uma forma resumida, onde foram acompanhadas por harpa de Marisa Robles, e flauta de Christopher Hyde-Smith. Foram relançados durante 1997 pela rádio Collins Audio.
Durante 1999 à 2002, o grupo Focus on the Family produziu dramatizações dos sete romances da série, apresentados em seu programa conhecido como Rádio Teatro ou Teatral de Rádio. O elenco de vozes incluíam mais de cem atores, uma trilha orquestrada original, e um design de som digital com qualidade de cinema. A apresentação durou aproximadamente vinte e duas horas. O enteado de C.S.Lewis, Douglas Gresham, foi o responsável pela produção da série. No website do programa de rádio "Focus on the Family", consta o seguinte:
- Entre o lampião até Cair Paravel, junto ao mar do oeste, está Nárnia, uma terra mística onde os animais têm o poder de falar… Faunos das florestas se associam aos homens… Forças das trevas, numa demanda pela conquista, avançam por todas as partes do mundo para ganhar a guerra contra o legítimo herdeiro do reino… E o Grande Leão Aslam é a única esperança. A este mundo encantado chega um grupo de viajantes incomuns. Esses meros garotos e garotas, quando estão diante do perigo, aprendem extraordinárias lições de coragem, auto-sacrifício, amizade e honra!
Teatro
Em 1984, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa foi adaptado para o teatro, apresentado no 'London's Westminster Theatre', produzido por Vanessa Ford Productions. Foi adaptada para os palcos por Glyn Robbins e dirigida por Richard Williams, onde o responsável pelo design foi Marty Flood. A turnê teatral no Westminster foi encerrada apenas em 1997. Outros livros de As Crônicas de Nárnia foram adaptados para o teatro, como A Viagem do Peregrino da Alvorada em 1986, O Sobrinho do Mago em 1988, e O Cavalo e seu Menino em 1990.Em 1988, o "Royal Shakespeare Company" premiou O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. A Crônica foi adaptada para o palco por Adrian Mitchell com música de Shaun Davey. Adrian Noble foi o diretor original do musical, Anthony Ward foi o responsável pelo design, e Lucy Pitman-Wallace foi a diretora do revival. A produção foi tão bem apreciada que apresentou-se durante os feriados natalinos de 1998 à 2002, agora no 'Royal Shakespeare Theatre em Stratford'. Subsequentemente, a apresentação teatral foi transferida para para os teatros 'Londres no Barbican Theatre' e 'Sadler's Wells', onde fizeram apresentações limitadas. O jornal London Evening Standard escreveu:
- (…) A bela recriação de Lucy Pitman-Wallace, a partir da produção de Adrian Noble, evoca todo o encanto e mistério deste conto mitológico complexo, sem nunca ser formal demais ao ponto de deixar de abarcar toques cômicos como o extravagante veado do campo, ou um castor com afazeres domésticos (…) Em nossa era de domínio da ciência e tecnologia, a fé tem se tornado gradativamente insignificante; mas por outro lado, nesta gloriosa e ressoante produção é possível entender o seu poder de atração.
Outra produção de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa que foi notável, foi a produção comercial da companhia "Malcolm C. Cooke Productions" na Austrália (dirigida por Nadia Tass e descrita por Douglas Gresham), e da "Trumpets Theatre", conhecido por ser um dos melhores teatros comerciais das Filipinas.
Produções teatrais de As Crônicas de Nárnia têm se tornado popular entre profissionais, comunidades e teatros jovens durante o decorrer do tempo.
Cinema
A Disney produziu uma sequência, The Chronicles of Narnia: Prince Caspian (As Crônicas de Nárnia: Principe Caspian), lançada em maio de 2008 nos Estados Unidos. O filme custou caro cerca de 225 milhões e não obteve o retorno financeiro esperado nos Estados Unidos obtendo em bilheteria apenas 141 milhões mais em compensação no estrangeiro o filme teve uma bilheteria de 278 milhões no total de 419 milhões mundiais. Com isso, A Disney anunciou que não iria financiar o terceiro filme, devido a limitações orçamentais.
A Twentieth Century Fox assumiu o projeto, e The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader (As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada), o terceiro filme da série, estreou em 10 de dezembro de 2010. A bilheteria deste foi um pouco mais baixa que a do filme anterior nos Estados Unidos com 104 milhões e fora com 311 milhões em um total de 415 milhões em bilheteria.
The Chronicles of Narnia: The Magician's Nephew (As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago) deverá ser o quarto filme baseado no livro O Sobrinho do Mago. Segundo Michael Flaherty, a Walden Media esteve em negociação com a 20th Century Fox e os herdeiros de C.S. Lewis acerca da produção deste filme.[7][8]. Em julho de 2011 foi confirmado que seria O Sobrinho do Mago e não A Cadeira de Prata como deveria ser por ordem de lançamento[9].